nesse caso, que seja. é mesmo isso que ando repetindo, bem assim: que seja.
quando amanhece e o sol bate na minha cara amarrotada da insônia, eu sinto como se não pudesse me mexer muito. penso que ninguém perguntará nada. mas, se alguém me perguntar o que é, talvez não saiba responder. "tudo é tão vago como se não fosse nada".
tem um clima de preguiça no ar. mas o sol ameaça brilhar. volta? por que ela está olhando pro nada? talvez alguma coisa esteja errada...
é o que eu chamo de tentar, com todas as forças, negar o óbvio. e eu digo mais uma vez que não espero nada de ninguém, nunca. a única coisa que espero de você é que você não espere nada de mim. mas mesmo assim cá estou, sentada, observando você passar. ok, admito: errar é humano e esperar é a coisa menos saudável que um ser humano pode fazer a si mesmo. mais do que encher a cara ou ficar noites sem dormir. talvez apenas equiparado a beber fanta uva.
9.11.09
Eu passaria pelas ruas colhendo miragens. Eu selaria cartas mandadas de estranhos para estranhos. E estranhos passariam por mim e não pensariam em nada. Não colariam lembretes na geladeira para que lembrassem que me viram. E as cartas, mesmo quando com o endereço certo, não seriam respondidas. Elas não foram mandadas esperando que fossem respondidas. Os selos pesariam mais que as palavras. E neles não estariam desenhadas minhas miragens. Naquele ônibus, ninguém ousaria parar no ponto perto de suas casas. Ninguém queria chegar em seu endereço certo. Eles vagariam pelas ruas. Eu colheria miragens. Eles não me veriam. Eu ficaria cega. Eles mandariam cartas. Eu não colecionaria paisagens.
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